sexta-feira, 16 de novembro de 2007

FIKE 2007 | Dia 1 | Day 1

COMPETIÇÃO 1

O primeiro dia da sexta edição do FIKE – Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora foi, definitivamente, preenchido por emoções distintas, todas elas genuínas. Chegou a hora de, após um longo período de preparação, satisfazer o desejo cinematográfico dos visitantes e receber, calorosamente, os participantes exteriores. Este foi o discurso do Director João Paulo Macedo durante a Sessão de Abertura no Grande Auditório da Universidade de Évora que, após um ano de interregno, volta a erguer o projecto do Festival, desta feita numa mais estreita relação com a Câmara Municipal de Évora e a Reitoria da Universidade de Évora reunindo neste os seus respectivos elementos humanísticos.

A grande surpresa da noite foi, de facto, a entrega do prémio, fora de competição, ao cineasta iraniano Kamran Shirdel mais do que pelo seu contributo ao Cinema, pela sua amizade para com o festival e o prazer de poder contar com a sua presença. Na primeira projecção de curtas-metragens em competição o leque foi graduado da ficção à animação, passando, entretanto, pelo documentário. Cinematografias do Reino Unido (In The Mood de Hannah Robinson e Adjustment de Ian Mackinnon), da Hungria (Maestro de Geza M. Toth), da Bélgica (Admnistrators de Roman Klochkov), de Portugal (It Wasn´t God´s Will de António Ferreira), do Irão (Wind Again, Soundless de Armin Ghadami), da Suécia (Virus de Jerker Josefsson) e da Austrália (White Line Fever de Sean Ascroft) fazem adivinhar para o restante período do festival uma selecção criteriosa e de qualidade, com particular relevo para o cinema de animação, 3D e 2D, demonstrando o carácter globalizador do evento que não descura qualquer género.

De notar a presença de alguns dos realizadores a concurso, permitindo uma interactividade preciosa entre a classe produtora e o público, de maneira a explicitar de forma mais clara as pretensões artisticas e, claro, cinematográficas dos autores, dotando cada curta-metragem de uma face, elemento fundamental para a criação de um sentido de autor (na orientação do filme como reflexo do Homem-Sujeito), e uma corrente valiosa no universo dos festivais internacionais, que vem sendo progressivamente globalizada devido ao crescente número de eventos, embora nem sempre a qualidade o justifique.

O FIKE é, de facto, um caso pontual no panorama artístico nacional, que para além de atribuir diferentes prémios através de um Júri multi-nacional criteriosamente seleccionado, integra o circuito do Prémio Don Quijote, organizado pela Federação Internacional de Cineclubes, garantindo ao vencedor a oportunidade de participar no Festival Internacional de Cineclubes, a realizar em Itália em Junho de 2008.

O público deverá confiar, definitivamente, na programação competitiva e institucional dos próximos dias de um festival que ainda está no ínicio da sua sexta edição e que promete, para além de divertimento globalizado, cinematografia pura.

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COMPETITION 1

The first day of the FIKE – Évora International Short Film Festival was, definitely, full of different emotions, all of them genuines. The time to satisfy the cinematic desire from the audience and welcome the foreigner participants has come, next to the long time of preparation by the work of the production team. This was the speech from the Director João Paulo Macedo during the Opening Session at the Grande Auditório of the Évora University that did make reappear the festival with a closer relationship with the city Mayor and the University itself, concentrating in the event its human ways.

The night´s big surprise was the delivery of the FIKE award to the iranian director Kamran Shirdel because of his friendship with the festival, his contribution to the world Cinemaand his presence. In the first competition short film projection the selection varied between fiction, animation and documentary. Films from the United Kingdom (In The Mood by Hannah Robinson and Adjustment by Ian Mackinnon), Hungary (Maestro by Geza M. Toth), Belgium (Admnistrators by Roman Klochkov), Portugal (It Wasn´t God´s Will by António Ferreira), Iran (Wind Again, Soundless by Armin Ghadami), Sweden (Virus by Jerker Josefsson) and Australia (White Line Fever by Sean Ascroft) make believe that from now till the end of the festival the rigid selection and good qualitie of the short films will continue with a specific note to the 2D and 3D animation, demonstrating the globalizing caracter of the event. It misses no genre.

The presence of some of the directors in competition permits a precious interactivity between the producer class and the audience to explain in a clear way the artistic and cinematographic intentions from the autors (a movie like a reflexion from the Man-Individual), and a precious chain in the international festivals universe that have been becoming globalized because of the incrising number of events in spite of their qualities.

The Fike festival is one isolated case in the national artistic scene. It awards in several sections by a multi-national strictly choosen juryand gives the chance, by awarding the Don Quijote section, to the winner short film to participate in the future International Film Societies Festival, in Italy, June 2008.

The audience should definitely trust in the competition and institutional programme of the next days of the festival that is in the start of its sixth edition and promess global joy and pure cinematography.

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